A história do Ganoderma Lucidum é muito interessante, pois os imperadores e reis da China antiga acreditavam que este cogumelo tinha o poder do rejuvenescimento e até mesmo da imortalidade. Por este motivo, os chineses o chamavam de cogumelo dos imperadores. No Japão, o conheciam como Reishi.
Os cogumelos igualmente como as leveduras são fungos que possuem uma enorme fonte de alimentos desde a antiguidade. Eles têm, portanto, a forma de um chapéu na sua parte superior, e utiliza-se como alimento natural, produtos de beleza e até mesmo em medicamentos.
Eles são pluricelulares compostos de duas partes: o micélio que se localiza debaixo do solo e o “corpo de frutificação ou basidiocarpo” que se situa sob o solo. O governo Japonês considera oficialmente o ganoderma lucidum como uma substância destinada ao tratamento de câncer. No Brasil, despertou o interesse de vários estudiosos cujas pesquisas se concentram na extração de polissacarídeos que também exercem a função de um antitumoral.
História do Ganoderma Lucidum – Cuidados no cultivo
Da mesma forma que no cultivo dos cogumelos em geral é necessário observar dois fatores:
- Todos os cogumelos possuem a capacidade de absorver resíduos químicos e metais pesados existentes no solo onde são cultivados;
- É necessário para o cultivo da matéria, um controle de qualidade assim como para o produto obtido, observando sempre estes parâmetros. Deve-se analisar os solos com o objetivo de verificar se há substâncias químicas pelo motivo de ocorrer um enorme risco de contaminação.
Sendo assim, diversas formas de cultivo atualmente estão sendo estudadas para produzir o Ganoderma Lucidum de maneira que não aconteça nenhuma contaminação por metais pesados.
Foram testados diversos meios de cultivo como, por exemplo, serragem de ameixeira (rico em resíduos orgânicos), submerso, sólido e por adubação orgânica.
História do Ganoderma Lucidum – seus valores nutricionais
Os valores nutricionais (Fitoterápicos) atribuídos ao Ganoderma Lucidum pela Anvisa são:
- Ácidos graxos insaturados 74%;
- Leucina e Lisina – nutrientes que não são encontrados na maior parte dos cereais;
- Minerais como o Potássio;
- Proteínas totais 20% – Quantidade maior quando comparada com o arroz, trigo e batata;
- Vitaminas solúveis – Tiamina (B1), Biotina (B7) e Riboflavina (B2).
Saiba mais sobre a história do cultivo do Ganoderma Lucidum
As referências mais antigas escritas sobre este e outros tipos de cogumelos estão em um epigrama de Eurípedes cuja data é de 450 AC. Nele, é relatado o falecimento de uma mãe e seus três filhos, envenenados por cogumelos.
O cogumelo Ganoderma Lucidum, também conhecido por LingZhi na China e Reishi no Japão, possui uma longa história na medicina chinesa.
A China, por sua tradição milenar, tornou- se o principal responsável pelo desenvolvimento de métodos de fungicultura. Por este motivo, deu origem ao cultivo artificial de mais de dez tipos que hoje são aplicados largamente no mundo todo.
Foram encontrados registros em hieróglifos há mais de dois mil anos atrás de que o povo egípcio usava os cogumelos nas suas práticas religiosas.
Acreditavam também que eles os tornariam imortais. Nesses documentos existem relatos de que os faraós os proclamaram de “comida real” e por causa disso os cidadãos comuns estavam proibidos de tocá-los.
Existem outros documentos nos quais encontraram vestígios da sua utilização por outras civilizações. Há indícios de que os gregos atribuíam a eles mágicos poderes e que os romanos os consideravam como “alimento dos deuses”.
Ele é um fungo da Ásia e na China antiga quem os consumiam eram somente reis ou imperadores e pessoas que tinham muita importância. Isto porque sempre apresentou excelentes propriedades de longevidade.
É justificado, dessa maneira, o seu apelido de “cogumelo da imortalidade” por seus inúmeros benefícios para a desintoxicação do organismo humano e o fortalecimento do sistema imunológico .
Com o aumento, entretanto, do conhecimento do clima próprio para o seu desenvolvimento, atualmente, os cientistas já conseguem criar condições artificiais de crescimento por meio de quantidades certas de umidade e oxigênio. Isto colabora para um maior crescimento destes cogumelos.
Tipos de Ganoderma Lucidum
Apenas o Ganoderma selvagem era encontrado na época dos imperadores. Sua classificação na China e Japão era realizada pela cor em seis tipos que são, então, o branco, amarelo, preto, vermelho, roxo e azul. Era muito difícil de ser encontrado e quando isto acontecia era um ou dois no máximo, em determinada colina.
Não se pode prever a qualidade deste fungo selvagem por causa da temperatura e insetos. O fruto deve ser apenas colhido depois de reduzidos os seus ingredientes ativos.
O tipo mais utilizado nos dias de hoje para fins medicinais é o Ganoderma Lucidum que consiste em um cogumelo de cor avermelhada e com sabor mais amargo.
Ele é um cogumelo tenro, quando fresco, tuberoso e de forma achatada Possui a aparência de um rim e dependendo da sua idade há poros que vão desde o branco até acastanhados na sua parte inferior. Existem lamelas na face inferior e libera os seus esporos por meio de poros finos, classificados, deste modo, como poríferos.
Existem diversas espécies de lingzhis conhecidas cientificamente como pertencentes ao complexo de tipos Ganoderma Lucidum. Ainda estão sendo investigados por pesquisadores diferenças existentes entre as espécies deste conjunto de cogumelos.
Fatores que ajudam no desenvolvimento do Ganoderma Lucidum
Este tipo de cogumelo se desenvolve melhor no escuro, em sombra ou em locais onde não há iluminação. A escuridão é o ponto mais indicado para germinar o esporo e desenvolver o micélio.
Para produzir o corpo de frutificação, no entanto, é importante a luz para assegurar a qualidade do produto. Não se aconselha, contudo, a luz direta em momento algum porque pode ocasionar a degeneração dos primórdios.
Desse modo, quando se cultiva em vitro, afeta-se os aspectos culturais e morfogênese dos basidiomicetos por diversos fatores do ambiente como, por exemplo, temperatura, umidade, condições nutricionais, luminosidade e aeração.
O tipo Ganoderma inclui fungos, na sua maior parte, saprófitas ou decompositores de madeira, agindo sobre a degradação da lignina, hemicelulose e celulose.
Por este motivo, encontram-se em uma enorme variedade de árvores debilitadas ou mortas, como também em tocos geralmente próximos da interface do solo e até mesmo, em alguns casos, em solos sobre raízes.
Considera-se algumas espécies desse gênero como patógenos de plantas por causarem prejuízo, afetando, assim, a produção do cacau, café, borracha entre outras demais culturas.
A sua capacidade, entretanto, de degradar a lignina e celulose permite a essas espécies uma função ecológica muito importante como decompositores de árvores mortas.
Este fungo é a razão de estudos de muitos pesquisadores e recebem uma atenção especialmente da indústria. Isto porque é um modelo em potencial para a investigação do complexo mecanismo de regulação de vias metabólicas secundárias em basidiomicetos superiores.
Outro motivo é sua utilização na medicina para o tratamento de um grande número de doenças.
Do seu corpo de frutificação, micélios e esporos são extraídos um número grande de compostos químicos. Vários triterpenos e polissacarídeos, tirados desse tipo de cogumelo possuem efeitos antitumorais e quimiopreventivos.
Cultivo e produção
O cultivo dos cogumelos medicinais nos tempos antigos era feito pelo povo do Japão embaixo de troncos de árvores em decomposição. Os chineses usavam e cultivavam em palhas e madeiras decompostas, já os europeus ao ar livre ou bosque.
Esses processos, entretanto, precisam de longos períodos para desenvolver o cogumelo. Através de pesquisas científicas atuais, foi possível mudar todo o contexto de cultivo fazendo com que a produção comercial destes fungos seja cada vez maior.
Os cogumelos são capazes de transformar o grande desperdício da biomassa lignocelulósica em alimentos para o consumo humano, como também produzir excelentes produtos para a medicina e nutracêuticos proporcionando, assim, inúmeros benefícios para a saúde.
O Ganoderma Lucidum pode ser cultivado de três formas que podem ser, por exemplo: em sacos, por meio líquido ou em toras de madeiras. Devido aos seus benefícios para a saúde, atualmente, utiliza-se o Ganoderma Lucidum para vários produtos que se preparam a partir de suas diferentes partes.
O mercado o disponibiliza em muitas formas como cápsulas, preparações secas, esporos coletados dos corpos de frutificação, micélios em meio líquido colocados em tanques de fermentação e em pó de substrato.
Utiliza-se muito também em bebidas como cerveja, chás, café solúvel, produtos cosméticos como loções, tônicos capilares e até mesmo em arranjos ornamentais que representam a saúde, a sorte e a felicidade.
Devido ao aumento da valorização comercial, existe a necessidade de realizar estudos básicos sobre o seu desenvolvimento e sua regulação.
Além disso, é preciso também testar o potencial de suas substâncias bioativas no controle de fitopatógenos voltados para a agronomia.
A importância de conhecer a história deste cogumelo
É muito importante conhecer a história do Ganoderma Lucidum, pois ele auxilia muito na medicina hoje em dia.
Na China Antiga, os imperadores e reis acreditavam que tinham o poder de rejuvenescimento e de se tornarem imortais, por este motivo o chamavam de cogumelo dos imperadores.
Sua importância era tanta que por sua raridade apenas encontravam-se em pequenas quantidades, sendo assim quem o achasse recebia uma recompensa.
Devido às suas inúmeras propriedades utiliza-se para fins medicinais já há muito tempo pela medicina tradicional chinesa para tratamento de enfermidades como, por exemplo, o câncer gástrico, hepatite, hipertensão, diabetes, úlceras e problemas respiratórios.
Atualmente, os cientistas conseguiram criar condições artificiais para aumentar a sua produção pelo motivo de despertar o interesse de diversos segmentos, desde medicinais a comestíveis.
Seus nutrientes trazem inúmeros benefícios para a saúde do organismo humano.
A forma mais comum de se encontrar o Ganoderma Lucidum, hoje em dia, é como suplemento, desse modo, a pessoa antes de consumi-lo precisa necessariamente possuir a recomendação de um profissional da saúde. Apenas o médico, portanto, poderá prescrevê-lo de maneira mais eficaz para não causar nenhum tipo de dano à saúde.